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VII Sondagem do Instituto BBVA de Pensões: A preparação da reforma da geração do“baby boom” em Portugal

Autor

Instituto BBVA de Pensões

48% dos portugueses da geração do ‘baby boom’, nascidos entre 1957 e 1977, não creem que os seus rendimentos lhes permitam viver sem dificuldades durante a sua velhice. É o que se conclui da VII Sondagem sobre a poupança em Portugal em relação à reforma, elaborada pelo Instituto BBVA de Pensões – A Minha Pensão. Segundo este inquérito, quatro em cada cinco pessoas entrevistadas consideram que faz sentido poupar para a reforma.

VII Sondagem Instituto BBVA de Pensões

Conheça o Perfil do baby boomer português

A sétima sondagem do Instituto BBVA de Pensões – A Minha Pensão, tem como novidade os entrevistados pertencerem exclusivamente à geração do “baby boom”, nascidos entre 1957 e 1977.

Entre os baby boomers portugueses, predomina a ideia de que têm de uma vida melhor do que a dos seus pais, para 60% dos entrevistados, enquanto 11% consideram ter sido pior do que a dos seus filhos (e 27% mais ou menos igual).

Não obstante, 18% declaram que com o rendimento mensal lhes é difícil chegar até ao fim do mês, e 39% chegam à justa, apesar de 41% apresentarem capacidade de poupança. A poupança média estimada para o conjunto dos agregados familiares da geração baby boom é de 105€. Dos 62% que afirmam poupar, a poupança média mensal situa-se nos 266 euros.

A percentagem dos agregados que considera ser importante poupar para a reforma é, no entanto, bem maior e situa-se nos 83% dos entrevistados. Em resposta à pergunta sobre se consideram que os seus rendimentos lhes vão permitir viver sem dificuldades durante a sua velhice, 48% respondem negativamente.

As respostas à pergunta sobre se poderiam enfrentar por sua conta própria as despesas associadas a uma eventual situação de dependência e de perda de autonomia, mostram que cerca de 50% dos entrevistados considera não estar preparado para essa eventualidade, sendo que os indivíduos em situação de desemprego e os reformados são os mais pessimistas em relação a este aspeto.

As principais conclusões da sondagem são as seguintes:

Situação económica e capacidade de poupança

  • O rendimento médio dos agregados familiares da geração dos baby boomers situa-se nos 1518 €.
  • 71% dos agregados desta geração é detentor de habitação própria, e 38% estão a amortizar um crédito à habitação referente à residência permanente.
  • 18% declaram ter dificuldades para chegar ao fim do mês, e 41% conseguem poupar algo cada mês.
  • A poupança média mensal do total dos agregados familiares desta geração entrevistados é de 105 €, aumentando para 266 € se considerarmos apenas os agregados que poupam todos os meses.
  •  As contas bancárias são produto financeiro mais comum para aplicação destas poupanças.
  • Para 66% dos baby boomers, o principal objetivo das poupanças são as situações imprevistas/emergências.

Poupança para a velhice

  • 83% das pessoas entrevistadas consideram que faz sentido poupar para a velhice.
  • 48% receiam vir a ter problemas financeiros durante a velhice.
  • Para 59%, a pensão de reforma do Estado será a sua única fonte de rendimento quando se reformarem.
  • Apenas 17% dos baby boomers possuem um plano de pensões. Predomina entre os baby boomers a ideia de que o tratamento fiscal dos planos de pensões é desfavorável, embora exista um grande desconhecimento sobre esta matéria.
  • 59% dos proprietários de uma habitação estariam na disposição de a utilizar para obterem rendimentos durante a velhice, caso necessitassem.

Idade e regime de reforma

  • Em média, os baby boomers gostariam de poder reformar-se aos 61 anos, embora pensem que só o poderão fazer bem mais tarde e apenas aos 66 anos. Esta percepção é comum entre homens e mulheres e não presenta grandes divergências por estratos socioeconómicos.
  • Em relação à idade de reforma, predomina nesta geração a opinião de que deve existir flexibilidade em relação ao momento de saída do mercado de trabalho, mesmo se tal implicar uma penalização no valor da pensão, explica-nos Jorge Bravo, membro do Fórum de Especialistas do Instituto BBVA de Pensões, e de que ninguém deveria ser forçado a reformar-se por alcançar uma determinada idade máxima.
  • 56% dos baby boomers planeiam o momento da sua reforma como uma reforma completa, e 43% admitem a possibilidade de uma reforma a tempo parcial.
  • A expetativa que têm é a de poder desfrutar da pensão de velhice durante uma média de 16 anos.
  • 68% dos baby boomers confiam em poder receber a sua pensão até ao fim dos seus dias.

Informação geral e atitudes sobre as pensões

  • 53% desconhecem a forma como se financiam as pensões em Portugal.
  • 74% mostraram dúvidas sobre qual será o montante expectável da sua pensão de velhice paga pelo sistema público, embora predomine a ideia de que esta será inferior ao seu último salário.
  • 63% dos baby boomers está convicto de que o valor total das pensões de velhice que receberá ao longo de toda a sua vida como reformado/a será inferior ao montante das contribuições efetuadas para a Segurança Social ao longo da sua vida laboral, ou seja, considera que o sistema é actuarialmente injusto.
  • 67% mostram-se partidários/as de que cada trabalhador deveria ter uma conta corrente individual perante a Segurança Social, onde se registassem todas as contribuições sociais efectuadas e as prestações recebidas.
  • 62% defendem a existência de uma pensão de reforma mínima, que garanta uma vida sem dificuldades.
  • Para 63% dos baby boomers, o governo deveria garantir o poder de compra das pensões, revalorizando-as por isso em função do valor da inflação (IPC).

A vida depois da reforma, o caminho para a velhice

  • A aspiração ao chegar à idade da reforma é a poder viajar e desfrutar mais da família.
  • 48% consideram que, quando se reformarem, necessitarão de sensivelmente o mesmo rendimento de que dispõem atualmente para fazer face às despesas mensais, embora assumam que com nas idades mais avançadas é expectável um aumento das despesas.
  • A grande maioria das pessoas entrevistadas mostra-se preocupada com o risco de perda de mobilidade ou da saúde mental durante a velhice. A perceção do risco de solidão é menor, embora 61% das pessoas se mostre bastante ou muito preocupada com este aspecto.
  • Para 40% das pessoas entrevistadas, o entorno próximo deveria responsabilizar-se pelos cuidados a prestar em caso de perda de autonomia.
  • Existe uma preferência clara por envelhecer em casa, embora fórmulas como o cohousing tenham bastante aceitação.

Perspetivas sobre a própria vida em comparação com a de outras gerações

  • Entre os baby boomers predomina a ideia de que desfrutaram de uma vida melhor do que a dos seus pais, mas pior do que a dos seus filhos.

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