Ler todo o relatório de Revisão das projeções de população
Os sistemas de pensões e as respetivas reformas são fortemente influenciadas pela evolução demográfica, a qual se compara cada vez mais entre os diferentes países para identificar tendências e pontos em comum. Os investigadores de projeções demográficas em todo o mundo baseiam-se nas que são produzidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Na Europa, as projeções demográficas do Eurostat constituem a base do relatório periódico da Comissão Europeia sobre o envelhecimento. Embora essas projeções sejam tecnicamente corretas, os pressupostos subjacentes para as condicionantes demográficas (fertilidade, mortalidade e migração) nas variantes centrais são limitados e, em grande medida, insuficientes. Pior, correm o risco de fornecer uma imagem errada sobre a evolução futura e das alternativas relevantes.
Este artigo investiga os pressupostos referentes às condicionantes demográficas da ONU e do Eurostat, em comparação com as projeções nacionais em Portugal e Espanha, e fornece uma revisão e abordagens alternativos, atuais e vanguardistas para a projeção das condicionantes demográficas, que vão mais além do que o uso de dados da evolução demográfica recente.
Estas abordagens sugerem que a economia e outros desenvolvimentos socioeconómicos têm uma grande influência sobre as tendências futuras de fertilidade, mortalidade e migração. Além disso, suportam a afirmação de que o aumento da taxa de fertilidade previsto pela ONU/Eurostat não terá lugar, de que o aumento da esperança de vida pode ser muito mais elevado, e de que os fluxos de migração líquida para países da UE podem ser muito maiores e continuarem a aumentar. A subestimação geral do envelhecimento da população resultante afeta a sustentabilidade financeira dos sistemas de pensões e as opções de reforma, uma questão que analisará nos próximos artigos.
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