Que medidas é que o BCE decidiu adotar?
A segunda medida, anunciada parcialmente por este organismo e finalmente confirmada, é o programa de compra de ativos de dívida pública e privada pelo valor de 60.000 milhões de euros mensais até setembro de 2016 (o que representa um total de 1,14 mil milhões de euros), data que poderá ser alterada em função do impacto desta medida na economia.
Um dos aspetos mais debatidos até à data deste anúncio era quem iria assumir o risco destas operações. Mario Draghi, máximo responsável do BCE, anunciou que 80% do risco será assumido pelos bancos centrais nacionais enquanto os 20% restantes ficarão a cargo do sistema de repartição de riscos, através do qual o risco será assumido conjuntamente pelo Banco Central Europeu e pelos respetivos governos de cada pais.
Quais são os objetivos destas medidas?
A compra de dívida implica que o BCE injete dinheiro no sistema, com o qual se estimula o crédito, a atividade económica e o consumo. O crescimento da atividade e o consumo implicam por sua vez que os preços aumentem e se evite o espectro da deflação (que da suportada dos preços dos bens e serviços que adquirimos).
Manter as taxas de juro baixas implica “ crédito barato”, que permite aos particulares, às PMEe às grandes empresas financiarem-se a um menor custo e da mesma forma contribuírem para uma maior atividade económica, empreendendo novas compras o projetos.
Porque é que a deflação é negativa?
Como afeta a poupança?
Imaginemos um participante de um fundo de pensões com 35 anos. Esta pessoa, pelo seu perfil de risco “ agressivo” (já que o seu horizonte temporal até à reforma é muito longo) terá a sua poupança investida numa proporção maioritariamente em mercado acionista (vulgarmente conhecida como “bolsa”).
Esta pessoa poderá ver a sua poupança premiada por estas medidas, uma vez que geralmente a bolsa “celebra” as medidas de estímulo da economia com comportamentos positivos.
Não obstante,é importante recordar que a poupança para a reforma é uma corrida de fundo e não convém deixar-se levar por comportamentos (positivos ou negativos) no curto prazo, devendo-se fazer um acompanhamento da poupança com periodicidade e bom senso.
