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Como as decisões do BCE afetam e influenciam a poupança

Alterações nas taxas de juro, compra de dívida pública... Como é que as políticas adotadas pelo Banco Central Europeu afetam o seu dia a dia?

Tempo de leitura: 3 minutos

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No mês passado aconteceu uma das reuniões mais esperadas do Banco Central Europeu (BCE), por causa das medidas de estímulo à economia que este organismo tinha avançado estar a preparar. E finalmente estas foram divulgadas.
 

Que medidas decidiu adotar o BCE?

Em primeiro lugar, o Banco Central Europeu decidiu manter o preço oficial do dinheiro no mínimo histórico de 0,05%, nível que se mantém desde setembro de 2014. A segunda medida, avançada parcialmente por este organismo e finalmente confirmada, é o programa de compra de ativos da dívida pública e privada pelo valor de 60 mil milhões de euros mensais até setembro de 2016 (o que pressupõe um total de 1,14 biliões), uma data que poderá ser alterada em função do efeito desta medida na economia.

Uma das questões mais debatidas antes deste anúncio era quem assumiria o risco destas operações. MarioDraghi, responsável máximo do BCE, anunciou que 80% desse risco será suportado pelos bancos centrais nacionais, enquanto que os restantes 20% ficarão a cargo do sistema de partilha de riscos, pelo que o risco é assumido em conjunto pelo Banco Central Europeu e pelos governos de cada país.

Quais são os objetivos destas medidas?

O Banco Central Europeu, enquanto organismo responsável pelas políticas monetárias da Zona Euro, tem atualmente dois desafios importantes: o crescimento económico das diferentes economias que compõem a União Europeia e a luta contra a inflação, desafios que estão estritamente relacionados.

A compra de dívida implica que o BCE injete dinheiro no sistema, com o qual se favorece o crédito, a atividade económica e o consumo. O incremento da atividade e o consumo implicam, por sua vez, que os preços recuperem e se evite o fantasma da deflação (a queda prolongada dos preços dos bens e serviços que adquirimos).
Manter as taxas de juros baixas implica “crédito barato”, o que permite aos particulares e às pequenas e médias empresas obter financiamento com menor custo e, desta forma, contribuir para uma maior atividade económica ao fazerem mais compras ou desenvolverem projetos empreendedores.


Porque é que a deflação é negativa?

A deflação, a queda prolongada dos preços dos bens e serviços que adquirimos ou subscrevemos, desencoraja o consumo e o investimento. Os investidores ou consumidores não investirão nem gastarão, pela expetativa de que daí a um certo período de tempo esse produto ou serviço poderá ser ainda mais barato. E isto, por sua vez, provoca uma queda da atividade e do consumo.

Como é que afeta a poupança?

A política de taxas de juro baixas tem uma leitura dupla: beneficia quem precisa de dinheiro, uma vez que o preço do dinheiro é menor e, por conseguinte, o custo do financiamento também. A outra face da moeda é a de quem tem dinheiro, quem faz poupança. Com taxas de juros mais baixas, a poupança compensa menos.
No entanto, face à poupança de longo prazo, como é o caso da poupança para a reforma, a situação pode ser diferente. Imaginemos alguém com 35 anos que tem um plano de pensão. Esta pessoa, pelo seu perfil de risco “decidido” (já que o seu horizonte temporal até à reforma é bastante alargado) terá a sua poupança investida maioritariamente em ativos de renda variável (a que normalmente chamamos “mercado acionista”).

Esta pessoa poderá ver a sua poupança premiada com estas medidas, já que geralmente omercado acionista “celebra” as medidas de estímulo da economia com comportamentos positivos.

Ainda assim é importante recordar que a poupança para a reforma é uma corrida de longa distância e não convém deixar-se levar pelos comportamentos (positivos ou negativos) do curto prazo, devendo fazer um controlo periódico da poupança com bom senso.

 

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