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A educação financeira como motor para uma sociedade mais livre

Dispor de conhecimentos financeiros permite-nos tomar decisões de poupança em liberdade e em coerência com as nossas necessidades.

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A educação financeira como motor para uma sociedade mais livre

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Há uma preocupação generalizada, não só no nosso país, mas também entre os nossos vizinhos europeus, de que os cidadãos não poupam o suficiente para a sua reforma futura.

As razões para tal são variadas: desde aqueles que se consideram muito jovens para começar a poupar, àqueles que consideram que não lhes sobra dinheiro no dia a dia para que possam poupar.

No entanto, e sem subestimar esses argumentos, transparece um fator importante por trás deste comportamento: uma percentagem significativa da população não tem conhecimentos financeiros suficientes, conhecimentos esses que lhes permita diminuir o não compreender do processo de poupança, dos produtos e da importância de poupar para a reforma. Para isto contribui também um panorama financeiro que evolui cada vez mais rapidamente, e no qual o risco acaba por passar para os indivíduos.

Por outro lado, a exclusão financeira diminui rapidamente. O que quer dizer que cada vez mais pessoas acedem a produtos financeiros cada vez mais complexos. Por isso, quem poupa deve assumir maior responsabilidade na sua própria poupança, e deve compreender quais as decisões atomar e agir em conformidade. Se não ajudarmos quem poupa a tomar decisões que serão de importância vital no futuro, teremos uma dupla consequência negativa:

  • Os governos irão incorrer num maior gasto público para sustentar as pessoas que chegam à idade da reforma com uma poupança insuficiente.

  • Os indivíduos terão uma reforma abaixo das suas expectativas e necessidades, provocando uma frustração pessoal.

A educação financeira

Por estas razões é necessário que os governos adotem – conscientes de que não é uma fórmula mágica, mas sim um elemento incontornável – uma estratégia para promover a educação financeira na sociedade.

Tal como está definido pela OCDE, a educação financeira é um instrumento através do qual os indivíduos melhoram o seu conhecimento dos conceitos financeiros e dos produtos de poupança e investimento. Também através da educação financeira, os indivíduos tornam-se mais conscientes dos riscos dos investimentos para assimpoderem tomar decisões acertadas e, finalmente, melhorarem o seu bem-estar financeiro.

O público-alvo é toda a população, de forma geral. No entanto, há certos grupos mais vulneráveis aos quais é necessário dar uma atenção especial:

  • Jovens: Uma proporção significativa dos jovens, inclusive o que estão prestes a entrar no mercado de trabalho, , desconhece a importância da poupança e a forma de a levar a cabo corretamente.
  •   Mulheres: Têm geralmente menos conhecimentos financeiros que os homens quando, precisamente, mantêm em média carreiras profissionais mais curtas e desfrutam de uma maior longevidade em relação aos homens.

A União Europeia recomenda a criação de um quadro nacional para a educação financeira através de uma série de etapas:

  1. Identificar as necessidades: Irá variar dependendo do grau de desenvolvimento de cada país.
  2. Coordenação a nível estatal: Unificar as iniciativas para que a informação a passar seja clara e consistente.
  3. Ter um roteiro com objetivos (a rever periodicamente) e prazos ambiciosos.

A educação financeira na área das pensões de reforma

Esta é uma questão muito relevante, tendo em conta que a poupança para a reforma é, possivelmente, o projeto de planificação financeira mais importante que as pessoas enfrentam. A este propósito vale a pena destacar diversos aspetos:

  • Encontramo-nos num momento crítico de reforma dos sistemas públicos de pensões, tanro em Portugal como nos países vizinhos. O peso das pensões públicas irá tendencialmente reduzir-se, em consequência do aumento da importância dos regimes privados de previdência. As pessoas assumem o risco da longevidade, mas os produtos parecem-lhes complexos e distantes (há que ter muito claros conceitos como inflação, rentabilidade, juros compostos e tributação).

  • É fundamental tornar atrativos os produtos de poupança. Muitas pessoas continuam a vê-los como complexos, em grande parte porque não têm os conhecimentos financeiros para lhes facilitar o caminho.

  • A estratégia de educação financeira deve ser abordada a nível nacional, dado que é necessário, para alterar os hábitos e costumes dos indivíduos, atuar desde cedo, como na escola, no caso dos jovens. No caso dos adultos, o local de trabalho é o melhor ambiente para transmitir essa informação.

  • São importantes as campanhas dos governos para esclarecer os trabalhadores sobre as suas futuras pensões. No entanto, sem uma educação financeira suficiente por parte da população, estas medidas são pouco eficazes. Estudando o caso da Suécia, comprovou-se que cerca de 25% dos destinatários de uma carta com informação sobre a sua futura pensão não a chegou a ler. E dos 75% que prestou atenção, apenas 10% leu o conteúdo até ao fim.
  • Para tornar a educação financeira mais atrativa, e também para transmitir a importância de abordar as futuras pensões de reforma, é necessário tratá-las não como “pensões”, mas sim como “oportunidades para vida futura”.

Vemos, portanto, que a educação financeira é um desafio a ter bastante em consideração por todos os governos, num contexto de mudança e de maior complexidade dos produtos financeiros, e num momento chave de reforma dos sistemas públicos de pensões.

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