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Soluções   29 Mar 2017

Seis questões-chave antes de contratar um produto financeiro

Autor

Instituto BBVA de PENSIONES

Recomendamos não investir em produtos que não compreendemos ou não se encaixam no nosso perfil de risco, avaliar bem os custos e recorrer sempre que possível a opiniões profissionais.

Num contexto de taxas de juro baixas, que se deverá manter durante os próximos meses e com depósitos que oferecem rendimentos cada vez mais baixos, os aforradores começam a explorar outras opções de investimento para preservar as poupanças e conseguir rentabilidades mais interessantes. Mas, atenção: é preciso ter em conta que a complexidade do produto e o perfil de risco devem ser adequados ao investidor. O Instituto BBVA de Pensões alerta para algumas questões que os investidores a retalho devem considerar antes de contratar um produto financeiro.

  1. Não investir num produto cujas características e principais riscos associados não compreendemos totalmente. Não devemos contratar um produto financeiro antes de ler e compreender todas as cláusulas. Muitas vezes, esta é a única forma de evitar futuras surpresas desagradáveis.
  2. Cuidado com as promessas enganosas. A ESMA (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados) alertou para as promessas de rentabilidade "elevada" ou "garantida" de alguns produtos, que nem sempre correspondem à realidade. Nomeadamente, em determinados produtos complexos que são comercializados através de campanhas muito agressivas.
  3. O ponto-chave para não ter surpresas é uma boa assessoria. Não existem produtos perfeitos, pelo que um profissional do setor, independente e com experiência suficiente, poderá oferecer-nos as melhores opções de investimento, de acordo com o nosso perfil de risco e tendo em conta os nossos interesses e prioridades. Nem todos os produtos são adequados para todos os investidores e o risco também deve ser adaptado de acordo com a idade e o tempo que falta para a reforma.
  4. É preciso ter em conta a data de vencimento do produto. Por vezes os produtos financeiros possuem uma data de vencimento. Sempre que tal suceda, esta será fundamental, especialmente se precisamos de receber o dinheiro antes da data de recuperação do investimento. Caso o produto não seja líquido, como costuma acontecer nos produtos complexos, e se o quisermos vender antes do prazo, isto representará um importante desconto sobre o preço de compra ou de valorização. Neste sentido, devemos ter em conta que existem produtos concebidos como veículos de poupança de longo prazo, como os Fundos de Pensões Abertos e os Planos de Poupança Reforma.
  5. Analisar os custos totais associados ao produto (comissões, custos fixos…). O custo do investimento terá consequências na rentabilidade obtida com o produto contratado e, por isso, deve ser tido em consideração. A fiscalidade aplicável aos rendimentos gerados é igualmente um ponto relevante para tomar em consideração e que afecta fortemente a rentabilidade real do investimento.
  6. Conhecemos todos os possíveis riscos? Existem uma série de riscos que não podemos ignorar antes de tomar uma decisão de investimento. A alavancagem pode aumentar facilmente as perdas, não podemos esquecer que alguns produtos estão associados a vários riscos do mercado e que existem variados produtos que nos expõem ao risco de crédito (em caso de incumprimento do emissor ou falência da empresa). 

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