Como aplicar a psicologia financeira à poupança para a reforma
Muitas vezes, os aforradores e os investidores são influenciados pela sua psicologia e acabam por tomar decisões irracionais.
A psicologia do comportamento financeiro (Behavioural Finance) é um campo de estudo que analisa a influência das emoções e dos erros cognitivos no processo de decisão dos investidores.
Muitos aforradores e investidores baseiam as suas decisões na perceção que têm sobre o potencial imediato de determinados ativos, de acordo com prognósticos ou notícias que vão recebendo. Contudo, esta informação serve, muitas vezes, para distrair o investidor daquele que deveria ser o principal motivo do investimento: os indicadores fundamentais, ou seja, o balanço, a conta de resultados da empresa, projetos futuros, contexto do mercado e regulatório, etc.
E desta forma, as pessoas acabam por ser influenciadas por impulsos irracionais, alimentados pela própria psicologia do ser humano. Se nos deixamos guiar por estes, podemos cometer erros e perder oportunidades de investimento.
Alguns comportamentos irracionais
- Ancoragem: confiar demasiado num dado ou notícia específicos para tomar decisões.
- Tendência de confirmação: prestar atenção só à informação que apoia a nossa opinião e ignorar os pontos de vista contrários.
- Excesso de otimismo: confiar demasiado nos nossos comportamentos ou capacidades, frequentemente devido a uma análise retrospetiva, o clássico “eu avisei…”
- Gregarismo ou comportamento em manada: tendência para seguir o comportamento da maioria da comunidade investidora.
Estes padrões de comportamento podem provocar bolhas e colapsos em qualquer tipo de mercado, não apenas no bolsista, como aconteceu com o mercado imobiliário nos Estados Unidos e em alguns países europeus como Reino Unido, Espanha e Portugal.
Aprender a identificar estes comportamentos é muito útil para depois aplicá-los ao nosso comportamento e tomada de decisões na poupança para a reforma.