Onde devo guardar as minhas poupanças?
Onde convém que eu guarde as minhas poupanças? Em que banco ou entidade financeira e em que produto me interessa investir? Respondemos com as diferentes alternativas para “guardar” o nosso dinheiro.
Onde devo guardar as minhas poupanças?
Onde convém que eu guarde as minhas poupanças? Em que banco ou entidade financeira e em que produto me interessa investir? Respondemos com as diferentes alternativas para “guardar” o nosso dinheiro.
Em muitas ocasiões perguntamo-nos o que fazer como dinheiro que temos vindo a poupar. Esse dinheiro resulta de um grande esforço na maioria das ocasiões, ou provém de receitas extraordinárias, como pode também ter origem numa herança, prémios, indemnizações ou rendas.Como é lógico, todos queremos que o nosso dinheiro permaneça num lugar seguro, no qual não corramos o risco de o perder e, se possível, que gere algum benefício.Portanto, entre todas as alternativas para manter nossas economias, devemos prestar atenção especial a três critérios: segurança, risco e benefício.
Outro aspeto fundamental na hora de tomar decisões sobre o nosso dinheiro é ter em mente a nossa situação pessoal. Devemos ter uma noção clara do tempo durante o qual queremos ter as nossas economias investidas, o retorno que esperamos obter nesse período e o risco que estamos dispostos a assumir. Em função destes critérios, as alternativas que temos podem ajustar-se mais ou menos à nossa situação pessoal.
Basicamente existem três formas de preservar as nossas poupanças: guardá-las em casa, confiá-las a uma instituição financeira ou tê-las investidas em algum produto financeiro. Analisaremos, de seguida, em traços gerais, os prós e os contras de cada alternativa.
Guardar o dinheiro em casa
Trata-se da opção mais tradicional. Todos nós já ouvimos a expressão “ter dinheiro debaixo do colchão”. Esta opção permite-nos dispor do nosso dinheiro sempre que quisermos, ou seja, o nosso grau de liquidez será de 100%. Agradece-se o facto de não haver limitações à disponibilidade imediata das nossas poupanças, mas será seguro ter o nosso dinheiro em casa? Um incêndio, uma inundação ou um assalto podem ter consequências desastrosas: podemos ficar sem um único euro da poupança. Além disso, “debaixo da cama”, num cofre ou num armário o dinheiro não gera qualquer tipo de juro.Pode-se argumentar que, em caso de insolvência de uma instituição financeira, o nosso dinheiro não seria afetado. No entanto, apesar da total legalidade de guardar as poupanças em casa, tal poderá gerar alguns problemas, sempre que não haja uma justificação para a proveniência dos valores.
PROS | CONTRAS |
Liquidez | Risco muito elevado |
Não se é prejudicado pela possível insolvência das instituições bancárias | Não gera quaisquer benefícios |
Guardar o dinheiro no banco: os depósitos bancários
É uma alternativa bastante mais habitual nos tempos que correm. A grande maioria das pessoas prefere manter o seu dinheiro sob a custódia de uma entidade financeira, através de depósitos bancários.Um depósito bancário é um produto que se adapta muito bem aos clientes que procuram um retorno nas suas poupanças. O funcionamento é muito simples: um cliente, empresa ou particular, que tenha uma quantidade de dinheiro disponível coloca-a no banco durante um período de tempo e sob determinadas condições estipuladas, para em troca receber um benefício. Com os depósitos podemos esquecer-nos da volatidade do mercado, já que o retorno que os bancos oferecem é fixo.A grande vantagem desta alternativa reside na alta segurança das nossas economias, pois existem poucos sítios mais seguros que um banco. Além do mais, as poupanças podem gerar benefícios, em vez de estarem “paradas” em casa, e existe uma entidade pública, o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), que cuida dos interesses dos depositantes em caso de insolvência da entidade bancária. Muito embora apenas estejam protegidos os primeiros 100.000 euros depositados, contar com esse reembolso do FGD transmite muita segurança.
O principal inconveniente surge no momento de dispormos do nosso dinheiro. Quando escolhemos fazer um depósito, fazemo-lo por um prazo determinado. E durante esse prazo não podemos fazer uso desse dinheiro, ou teremos de pagar uma penalização para dispormos dele.
PROS | CONTRAS |
Segurança elevada | Menos liquidez (para manter rendimento previsto) |
Gera benefícios | Para depósitos superiores a 100.000 euros o FGD não assume proteção |
Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) |
Investir o nosso dinheiro
O mercado oferece múltiplos produtos nos quais podemos investir as nossas poupanças: fundos de investimento, fundos de pensões, investimento direto na Bolsa, etc. Dependendo do objetivo ou meta de investimento que tenhamos, podemos optar por um ou por outro.Investir parte das nossas poupanças em algum dos produtos que as entidades oferecem atualmente pode ser uma boa forma de tirar partido do nosso dinheiro. Há que salientar a importância de fazer uma boa diversificação financeira e não investir todo o nosso dinheiro num mesmo ativo. Cada objetivo de poupança (reforma, compra de casa, criar uma almofada financeira para imprevistos, etc.) deve estar coberto por um produto diferente. Não podemos juntar todas as nossas poupanças num só veículo.
Por sua vez, na hora de escolher um fundo de investimento ou plano de pensões, há que ter em conta o nosso horizonte temporal (o tempo de que dispomos até recuperarmos o nosso dinheiro) e a tolerância ao risco (do conservador ao dinâmico). A partir daqui, cada investidor irá posicionar-se no produto ou produtos que melhor se ajustem às suas necessidades.
PROS | CONTRAS |
Retornos potenciais superiores | Assumem-se riscos maiores se escolhemos produtos que não são adequados ao nosso perfil ou horizonte temporal |
Diferentes alternativas em função do nosso perfil e circunstâncias |