O BCE (Banco Central Europeu) voltou a baixar as taxas de juro para 0,05%, um mínimo histórico, e baixou a taxa de juro aplicável aos depósitos para entre -0,2% e -0,1%, com o objetivo de tornar mais barato o crédito para que os cidadãos e as empresas procurem mais financiamento. E também para levar os bancos a emprestar mais.
De acordo com a EFPA (European Financial Planning Association), a decisão pode representar uma vantagem competitiva para as empresas com negócios fora do país de origem, perante a possibilidade de deslavorização do euro face ao dólar – o que poderia permitir uma recuperação das exportações, cujo volume tem diminuído nos últimos meses.
O que significa para quem tem hipotecas?
Todos os clientes que tenham contraído um empréstimo indexado à Euribor podem beneficiar de uma redução das taxas.
E para quem tem poupanças?
Aqui está o problema. As taxas de juro baixas condicionam o retorno das aplicações mais conservadoras, como os depósitos bancários, que oferecem taxas cada vez mais baixas. O que fazer? Perante este cenário, as opções para obter um maior retorno passam por assumir alguns riscos, tendo sempre em conta que não existe um produto perfeito – já que tal depende do perfil de investimento de cada pessoa – e que nunca se deve investir num produto que não entendemos. Outra opção é fazer investimentos a longo prazo, o que geralmente permite obter retornos mais elevados.
Que opções tenho para as minhas poupanças a longo prazo?
Para fazer poupança a longo prazo, em que o fundamental é combater a inflacção, pode acontecer que já não seja suficiente investir em produtos de curto prazo que oferecem pouco retorno, como os depósitos.
Segundo a EFPA, os fundos de investimento são uma opção interessante e acessível a todos os orçamentos, graças à sua vasta oferta, às vantagens fiscais e à elevada liquidez, pois permitem uma ampla diversificação dos ativos investidos.