Pensões, hábitos de poupança e efeitodas pausas contributivas na formaçãodas pensões em Portugal

O impacto de episódios únicos de desemprego de distinta duração no início da carreira contributiva na pensão inicial de trabalhadores com rendimentos baixos, médios e altos é reduzido se os trabalhadores conseguirem regressar ao mercado de trabalho mantendo o seu salário relativo

• O impacto das pausas contributivas é maior quando o regresso ao mercado de trabalho se faz a salário mais baixo, sobretudo para longos períodos de desemprego
• Para trabalhadores que auferem o salário mínimo, quebras únicas registadas no início da carreira contributiva têm pouco impacto nas pensões. Este resultado é explicado pela legislação relativa ao salário mínimo, pelos mecanismos de compensação e pela forma como as prestações por
  desemprego são calculadas
• O impacto de episódios únicos de desemprego de distinta duração no meio da carreira contributiva continua a não ser muito significativo quando os trabalhadores são capazes de reincorporar-se ao mercado de trabalho sem penalizações salariais, mas aumentam substancialmente quando o salário de retorno é afectado, em particular para períodos de desemprego mais longos Quebras contributivas registadas na fase de pré-reforma têm maior impacto nas pensões iniciais, quando comparados com os registados no início ou meio da carreira
• A importância das quebras salariais no reingresso no mercado de trabalho é, neste caso, menos severa, devido à formula de cálculo das pensões